domingo, 21 de dezembro de 2008

Somos natureza

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Segundo a Wikipedia, os quatro elementos são água, terra, fogo e ar, e a teoria de sua origem, ao menos no ocidente, teria sido na Grécia através de filósofos pré-socráticos. Toda a matéria originava-se ora do elemento fogo, ora do elemento água.

Como não se está falando em matéria, deve-se levar em consideração a representatividade que é trazida pelos elementos num universo ainda maior, que inclui as ciências, as letras, religiões, filosofias, mitologias e outros, mesmo com contestações ideológicas de algumas linhas das ciências exatas, principalmente no que diz respeito ao fogo (não o elemento fogo), por não ser matéria e sim resultado de uma combustão.

O cordel abaixo, de autoria de Antonio Alencar Sampaio, relaciona os quatro elementos com o mundo atual no qual estamos vivendo e encerra um pedido de atenção para o planeta.


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A UNIDADE

Somos corpos do conjunto
De toda essa unidade
Somos os quatro elementos
Somos a diversidade
De vidas e minerais
Nessa complexidade

Somos os reinos existentes
Hominal e animal
Como somos igualmente
Mineral e vegetal
Nos colocamos isolados
Por nosso racional

Somos as quatro estações
Sempre se manifestando
Uma hora do outono
Com o inverno preparando
Outra hora é inverno
Com a primavera chegando

Somos cada estação
Com suas propriedades
É uma química constatante
De muitas variedades
Como exemplo a primavera
Química da felicidade

O verão dentro de nós
É poço de energia
É força de primavera
Reconquista e alegria
É a entrega ao outono
Casa da sabedoria

Também somos os quatro ventos
Leste oeste norte e sul
Somos trovões, calmaria,
Tempestade e céu azul
Somos frio, quente e seco
Somos úmidos, somos crús

A TERRA

A terra é o nosso corpo
Nosso corpo terra é
Dela vem toda matéria
Que mantém o corpo em pé
E nos nutre célula a célula
Como as águas na maré

Da terra vem mineral
Vegetal e animal
Que constrói o nosso corpo
Num processo especial
E nos tornamos ser terra
A matéria original

Como viemos da terra
Vamos à terra voltar
Sendo adubo a outras vidas
Num contínuo reciclar
Veio do pó, volta ao pó
Torna a vir, torna a voltar

A quem a vida eu doar
Trás em si minha presença
E trás o meu corpo a vida
Com a outra consciência
E de adubo em adubo
Marco minha permanência

Mamamos no mesmo peito
Que mama todo animal
Que mama todo minério
E todo ser vegetal
E somos o mesmo corpo
Com núcleo individual

Esse peito o da mãe terra
Que mama e dá de mamar
Um precisando do outro
Pra poder se sustentar
Vivendo se alimentando
Morrendo pra alimentar

Somos água, somos terra
Somos fogo e somos ar
Temos setenta por cento
De água em nós a pulsar
Somos um ser água ou não?
Ou tem como duvidar?

Se dissermos que uma mesa
Faz parte de um salão
Quando retiramos a mesa
Só houve uma alteração
Mas o salão continua
Mantendo sua função

A ÁGUA

A água ainda é a mesma
Que bebeu nosso ancestral
E que vem se reciclando
Num processo natural
De descer, subir, descer
Na reciclagem real

E nesse ciclo hidrológico
Todos nós estaremos lá
Excretando e transpirando
Como o rio, lago e mar.
Como árvore e animal
Em conjunto com o ar

A nossa arrogância é grande
Em não querer aceitar
Dizendo que água é parte
Mas em posso lhe mostrar
Que se retirar a água
Nada resta pra pulsar

Como ser água vivemos
Em todas as existências
E para comprovar isso
Não precisa de ciência
Pois sem água é impossível
Na terra a sobrevivência

E eu como um ser água
Vou na sua pulsação
Te visito célula a célula
Com total integração
Passo por todas as vidas
Sem nenhuma restrição

E todos passam por mim
Pois somos uma unidade
Todos dependem um do outro
Na biodiversidade
E bebemos uns os outros
Sem particularidade

Quando eu bebo um copo d'água
Você também está lá
Estão nossos ancestrais
O peba, o tamanduá
A árvore o rio e o peixe
E tudo que transpirar

O nosso corpo retrata
O planeta e seu sistema
Rios, lagos, córregos e mar
Dentro de um grande esquema
Veias, artérias e coração.
É quem esse rio drena

O coração é o centro
Que faz o sangue pulsar
Circular por todo corpo
E faz depois retornar
É comparável ao sistema
Que tem as águas do mar

A água é nosso sangue
Em nossa circulação
Com arteríolas e vasos
Veias artérias e coração
As células do corpo todo
E os alvéolos no pulmão.

O AR

O ar faz parte da gente?
Ou nós somos o próprio ar?
Retira a respiração
Pra ver o que vai ficar
Todo ser que vive é ele
Não falta como provar

O ar que entra em mim
No sapo e no azulão
No cachorro e no doutor
No papa e no ladrão
É o mesmo da barata
Da onça e do leão

Como ar entramos em árvores
Em água, em qualquer lugar.
E passamos célula a célula
Em toda vida que há
E vivemos uns nos outros
No ato de respirar

O FOGO

Retire o fogo do corpo
Que acaba a combustão
E também acaba a química
Que garante a digestão
O fogo é o próprio espírito
De ação e reação

Da terra foi feito o corpo
E o sopro da vida é ar
A água conduz a vida
Para a tudo animar
E o fogo o combustível
Pro corpo vivificar

A Deus devemos a dádiva
De toda a criação
É dele que sai a liga
E toda combinação
Pra tudo na natureza
Cumprir a sua missão

Ficar sem Deus fica só
Em completa solidão
Mesmo no meio de tudo
Fica sem a ligação
É como um elo perdido
Vivendo de sensação

Quem polui o seu espírito
A água a terra e o ar
Estar poluindo a si
Não tem como evitar
Vamos cuidar um do outro
Para nos purificar

(Antonio Alencar Sampaio)

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sábado, 20 de dezembro de 2008

Audiência científica

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Um grande debate no mundo das ciências consiste em permitir que as pesquisas (vozes científicas) consigam ser apropriadas pela sociedade (audiência científica). É preciso repensar no papel do jornalismo, nos limites e potencialidades desta divulgação que não fique meramente na informação, mas que contribua para que o conhecimento não seja um mero parêntesis, e que sobremaneira, traga a aliança entre culturas e ciências.

A alfabetização científica só é possível sob as esteiras de um processo educativo crítico e reflexivo, inclusive indagando se a ciência é masculina, branca, ocidental, rica e excludente. É preciso, sobremaneira, considerar que a etimologia da palavra scientia não se restringe ao campo acadêmico, e que a roda talvez tenha sido a primeira descoberta tecnológica que revolucionou o mundo. Ainda que tenhamos consenso de que ela tenha poder, conforme afirmação de Francis Bacon: “Nam et ipsa scientia potestas est” (conhecimento é poder), há vários sentidos nas ciências – no plural, já que podem ser compreendidas de diferentes maneiras, linguagens e metáforas. De Einstein aos leigos, Manoel de Barros talvez respondesse que “o cu da formiga é mais importante do que usina nuclear” (isto do ponto de vista da formiga).

O ato de divulgar a ciência não se limita simplesmente em informar, em linha reta, de um transmissor ao receptor, como se fosse possível traduzir linguagens científicas em técnicas jornalísticas. Dar audiência às ciências exige talento de criação para além de uma linguagem textual, mas incide em reinvenções educativas intrinsecamente associadas às identidades, expressões artísticas e ambientes circundantes que interferem e, dialeticamente são transformados, por um vasto mundo de signos, mitos, cantos e crenças que perfazem o mundo etnográfico da criação do pensamento.

Destarte, para além das ciências, é preciso construir significados para que a sociedade faça o controle social, de modo a construir um projeto civilizatório de formação cidadã em relação ao mundo, seus fragmentos e suas conexões, numa espiral de possibilidades que considere diálogos de saberes, ao invés da tradicional proposta de ter dois lados: um poderoso que ensina e o outro subalterno que aprende. Há sim, sempre uma dialeticidade entre o EU e o OUTRO, mas sem a relação hierárquica do poder instituído pelas ciências, pois no campo fenomenológico, o diálogo é relativizado e conformado de acordo com o que cada um de nós compreende como MUNDO.

Na tríade fenomenológica, o que merece ser sublinhado não é a mera aquisição de informação, seu acesso ou visão crítica, mas sobremaneira, é compreender de que maneira o mundo científico modifica a cultura humana, e conseguirmos interpretar os seus significados à luz das realidades vivenciadas por povos singulares. Posto neste nível, é necessário reconhecer previamente o quão desafiante será aliar um campo replicável da verdade universal das ciências modernas, ao outro campo radicalmente oposto: o de valorizar seu papel em culturas diferentes, que jamais podem ser comparáveis ou assumir paradigmas, pois não há modelos que podem ser simplesmente transpostos de uma realidade à outra quando falamos em exercer nossa cidadania para cumprir o papel de inclusão social.

Para a audiência científica, o caminho tomado é sempre provisório, mas é preciso ter o direito de sacudir as mesmices, até desmoronando os sentidos e instigar a liberdade da arte, sejam pelas fantasias mitológicas, sejam pelas regras mais racionais. É preciso transbordar nos imaginários, sabendo também de esvaziar. Todavia, a essência da subversão metodológica deve ter consistência conceitual e, essencialmente, de se estar preparado para que os sujeitos pesquisadores possam, de repente, tornarem sujeitos pesquisados. Considerar as ciências é também expressar arte, imaginação e poesia. Será possível misturar poesia com ciências? - indagariam mentes cartesianas que dominam o mundo da academia. “Sem dúvida!” – responderia Octavio Paz. Ciências e poesias, anelo e sequidão do carinho. Lutam pela vida contra a satisfação mortal, o sorver da flor e o milagre da dádiva, é necessário romper com a dicotomia do espírito e da matéria, permitindo que os sujeitos da Educação Ambiental pensem com os corações, ou seja, permitam unificar a racionalidade na sensação, oferecendo simultaneamente, o estranhamento ao lado do maravilhamento.

Michèle Sato

Professora e pesquisadora da UFMT & UFSCar [www.ufmt.br/gpea], vem trabalhando para que os abismos entre ciências e culturas não sejam dimensões divorciadas, mas conjugadas pela reinvenção artístico-educativa.


INCERTEZAS CIENTÍFICAS
Michèle Sato

No azul dos reflexos e do fogo solar
Um raio ilumina a verdade diurna
Mas no cosmo pulsante da estrela
Outro raio brilha em incerteza noturna

Números, cálculos e laboratórios
Traçam incógnitas, retas e pontos
Mas nem a geometria euclidiana
Dá a resposta à magia apaixonada

Hormônios, neurônios, binômios
De sangue misturado com desejo
Se a certeza racional determina
A angústia enamorada duvida

Na dor de um amor solitário
Que insiste em alívio da alma
Não há ciência no mundo
Que cure um coração moribundo


Vladimir Moldavsky (surrealista russo):
Has realized, but cannot understand

Vladimir Moldavsky (surrealista russo):
number 15

Michèle Sato

Sou licenciada em Biologia, com mestrado em Filosofia, doutorado em Ciências e pós-doutorado em Educação. Daí minha dificuldade em efetuar minha trajetória em apenas um campo do saber, desde que o entrelaçamento oferece um mosaico colorido, com fios cintilantes e franjas que se emaranham em labirintos. Sou facilitadora das redes de Educação Ambiental, com diversas experiências nacionais e internacionais. Academicamente, minha atuação tem sido na filosofia da arte, com ênfase na fenomenologia e sociopoética; e nas horas de delírio, arrisco-me à aventura das poesias e haikai. Sou movida pelo surrealismo, em especial meu preferido René Magritte, mas para além da escola da arte, aceito o surrealismo como um movimento social que orienta minhas escolhas e opções de vida.

[1] www.bibliotecadafloresta.com.br

[2] www.geoglifos.com.br

[3] www.institutochicomendes.blogspot.com.br

[4] www.youtube.com/watch?v=QfJymHU5Nt4&eurl, In: www.altino.blogspot.com/.

[5] BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Companhia de bolso, 1989, p. 25.

Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, GPEA
Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT
Av. Fernando Corrêa da Costa, sn
Coxipó, Cuiabá, MT, BRASIL
CEP: 78060-900
Tel. 55-65-3615 8443 Fax: 3615 8440
http://www.ufmt.br/gpea/index.htm

Rede Mato-Grossense de Educação Ambiental - REMTEA
http://www.ufmt.br/remtea/index.htm

Associação Internacional de Investigadores em Educação Ambiental - NEREA
http://www.nerea-investiga.org/default.htm

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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Tempo que foge!

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Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.

Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: - Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.

Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo.

Soli Deo Gloria

(Ricardo Gondim)

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Mulher africana

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Mulher africana que é o verbo do meu poema
E é ela que hoje louvamos quando unidos na voz cantamos África
Porque essa mulher é o espelho de África

A sua origem negra o balançar do seu corpo torneado
Ela de vestimenta colorida sorrida enfim nos dentes de marfim
Dom eterno que jaz vivido com a sua dor como o som de dança

Africana mulher de sabor a cana de um lagrimar doce tão doce
Na caminhada que ela fez e que ela faz só vimos orgulho
Por isso é o momento de à homenagearmos em todas as línguas


este poema é dedicado a dia da mulher africana

osvaldo poeta

http://www.entrekulturas.pt/AlguemSabe.aspx?to=119

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Brasilis

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O pau-brasil (Caesalpinia echinata), árvore símbolo do país com suas flores amarelas e sua madeira avermelhada, ganhou uma publicação especial com resultados de dezenas de estudos sobre a espécie realizados nas últimas décadas, com destaque para os trabalhos científicos desenvolvidos no âmbito de um projeto temático apoiado pela Fapesp.
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=60530

“Uma das principais importâncias desse livro é que ele traz ao conhecimento popular os principais avanços científicos sobre a espécie símbolo do país”, afirma Rita de Cássia. “Os capítulos sobre a exploração histórica da espécie, por exemplo, contribuem muito para as futuras atividades de preservação do pau-brasil, que hoje está na lista de espécies ameaçadas de extinção”, alerta. A lista é produzida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A ocorrência natural do pau-brasil se restringe atualmente a poucas áreas remanescentes da Mata Atlântica localizadas entre os Estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Mais informações: www.ibot.sp.gov.br

BRASILIS

Quinto elemento- MADEIRA - virgínia -além mar -
Publicado no Recanto das Letras em 05/09/2008 Código do texto: T1163025


ergo ode à haste e à Bandeira
verde amarela minha terra
que tem nome de madeira
lenha-tinta- abrasa o ventre

se nosso céu é anil
se o mar se abastece
do Amazonas
se nosso canto é brasileiro.. .

busco estrelas entre as flores
das mais belas castenheiras
sorve a névoa das encostas
desce o rio em cantareiras

cheirando a seiva de Pau- brasil
ardem arcos de violinos
entre as notas o clamor de tuas folhas
o assovio das abelhas...

vingou nova Mata Atlântica!
comoveste o Imperador
com belas amarelas pétalas
na vermelha teu derradeiro amor

coro ante tua história irmã querida
cabisbaixa uma lágrima verte
entre as mãos algumas sementes
e no futuro serás ainda a mais nobre mensageira


virgínia -além mar
Publicado no Recanto das Letras em 05/09/2008
Código do texto: T1163025

http://alemmarpeixevoador.blogspot.com/2008_09_01_archive.html



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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

AS verdades que nos convence

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'O Devir se faz em cada momento da nossa vida, o Devir segundo os gregos, é eterno fluxo das mudanças, mudanças, o mundo se constitui em mudanças, mas e qaundo se sente uma interrupiçao no fluxos da irracionalidade do mundo, cansar, cansado,cansar das poucas situaçoes que nos da gozo. Sinto dor, sinto prazer, sinto, nao sinto, a vida é regida pela harmonia dialetica da mudança. Ao analisar o que nos da medo, o medo provem da incerteza e insegurança do que nao conhecemos, do que se modifica e causa insolidez, do que nao é convencional.Aceitamos metaforas de ''vidas no alem'', seres supremos, e mais algumas certezas que nos confortam, talvez nunca precisamos de verdades nem de Filosofias, talvez bastase acreditar nos mitos que criamos e nos convencemos como a alma gemea,a verdadeira amizade,a vida de abundancia no alem, a felicidade, palavrinha que tanto escrevo, palavra que nos faz lançar em cada enenrgia e cada espectativaque o tempo nos encorpora, mas sempre ha um percentua de certeza em tudo que fazemos, é o que nos inpulcionana certeza racional, mas e se eu disser que nao tenho certeza do que é racional, isso percebendo que me deparo mas uma vez com algo que nos convencemos a acreditar, parece que realmente é mais seguraacreditar que sei as trilhas que faço, os amigos que conheço, as mulheres que me relaciono, etc........
É um pouco frustrante imaginar que uma das poucas certezas que tenho na vida é que um dia ela vae acabar e a unica coisa que posso deixar sao algumas boas lembranças de coisas que fiz sentindo que eram coisas que eu fiz realmente por querer, nao porque deveria fazer. Essa talvez seja a metafora da minha vida, a metafora de viver sem arrependimento, sem certezas, sem caculos, sem tanto pensar, mas tanto SENTIR.
Jaelison 24/08/08
GRITO TANTO, ME CALO TANTO
ALEGRO ME TANTO, CHORO TANTO
FAÇO TANTO, PENSO TANTO
SINTO TANTO,
CANSO TANTO.........CANSO........TANTO........CANSO.

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sobre a Moral do nosso seculo...

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Ao fazer mais uma analise da moral contenporanea; ultimamente passa varias coisas na minha cabeça, uma delas em especial, me veio a tona depois de um final de semana agitado por festinhas, shows, e farra. Me senti bem nesta segunda feira. Comprimentei meus colegas de trabalho, com um sorriso estimulante. Com o passar do dia, um senhor, como sem querer, me contou ums problemas com seu pai, e alguns desgostos pela vida, onde quero chegar com isso? É obivio que todos temos problemas, mas até que ponto uma felicidade passageira de um final de semana impede que notamos um pedido de atençao do outro para algum desabafo?
O que sinto é que nestetempo de muita correria, onde cada um pensa em varios problemas, emprego, familia, estudo..etc...Esquecemos de pequenos detalhes do cotidiano, como dizer;'' bom dia, como vae?, precisa de algunha coisa? ou, se precisar de um amigo pode contar comigo'', ou seja a sociedade anda tao oculpada com seus problemas que sem querer nos tornamos egoistas. Penso que isto é fruto da modernidade. E normal as crinaças ficarem em frente da T.V em um dia maravilhoso para jogar uma ''pelada'' com os amigos? Sao nestas perguntas que vejo o distanciamento dos pequenos atos sociais, pensem em quantas vezes ja dissemos ''nao posso te ver hoje pois nao tenho tempo'', é normal, mas as relaçoes vao se desgastando em um processo lento e inpercipitivel. Nao notamos que as condiçoes da epoca em que estamos submetidos nos deicharam tao egoistas? Ou podemos colocar a culpa no mundo ''Capital Animal'' que nos faz ter 2 ou 3 empregos para sobreviver? E por estas perguntas penso, sera que isso faz parte do processo de falta de estrutura da familia? Me senti egoista nesta segunda feira, pois logo eu que prezo esses pequenos atos de laços sociais. É NECESSARIO , AS VEZES PARAR RIR TANTO SOZINHO, E VER QUE É MELHOR RIR JUNTO DE ALGUEM. Jaelison....15/09-08......obrigado por me ouvir, mesmo a distancia......ps; essas aulas de Etica me fazem pensar em tanta coisa..


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domingo, 14 de dezembro de 2008

Vítima

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Com a sutileza de um furacão
Você vai tomando conta do meu coração
Com o sangue frio de um torturador
Eu planejo passo a passo atacar seu amor

Com o jeito estranho de um cara normal
Chego perto do seu corpo acariciando um punhal
Com a boca seca num deserto sem fim
Nem me toco que você é só miragem pra mim

Sou temperamental
Às vezes passo mal no meio da festa
Detesto multidão
Conheço tanta gente sem atração

Do meu esconderijo no milésimo andar
Espio noite e dia sua vida secreta
O frio de São Paulo me faz transpirar
Sou vítima da sua janela indiscreta!



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sábado, 13 de dezembro de 2008

Corre corre

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O ano passado passou tão apressado
Eu sei que foi um corre-corre-corre danado
O ano inteiro eu passei sem dinheiro
Eu sei que foi um tal de segurar essa peteca no ar
Como se fosse empinar papagaio

Nem sempre tem vento
Mas sempre tem jeito pra dar
Quando se trata de vida ou de morte
E se não me engano
No próximo ano
Vai vir aquela dose de cicuta que eu vou ter que engolir
Como se fosse um suco de fruta
Como se fosse eu a grande maluca

Corre-corre-corre
Corre-corre-corre



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Edna Costa. Tecnologia do Blogger.